Infelizmente, esta é a verdadeira "realidade virtual".

sábado, 23 de dezembro de 2017

Golpes Através de Aplicativos de Bancos

As novas vítimas
são clientes
que acessam suas contas bancárias
pelos aplicativos.


Se os golpistas brasileiros usassem sua criatividade para trabalhar honestamente, seriam grandes profissionais e contribuiriam muito para o Brasil se tornar uma das maiores potências mundiais em todos os setores. Entretanto, infelizmente eles preferem usá-la de outro modo. Desta vez, as vítimas são clientes de bancos que usam os aplicativos dessas instituições em celulares. Aqui eu conto o que se passou com uma cliente do Banco do Brasil, cuja identidade, por motivos óbvios, prefiro omitir.
Ela contou que estava com dificuldades para acessar o aplicativo e logo recebeu uma ligação de um homem que se identificou como funcionário do suporte técnico do banco. Segundo ela, ele disse que a dificuldade do acesso dela ao programa era temporário, e que ela deveria ir a um terminal de alto-atendimento ("caixa eletrônico") para resolver o problema relativo à habilitação do serviço no telefone. Ele acrescentou que ela deveria fazer isto "até as 11hs".
Obviamente a mulher desconfiou que algo estava errado. Ao invés de ir ao "caixa eletrônico", foi falar com o gerente da agência do banco. Evidentemente, ele não pediu dados pessoais dela: isto fazia parte do plano, era para que ela não desconfiasse. Depois que o próprio gerente desbloqueou o aparelho, apareceram na tela do celular as opções "iPhone e Smartphone". Como o aparelho dela era um iPhone, não desconfiou desta vez. Depois disto, o aplicativo funcionou normalmente.
A mulher já deveria ter percebido que se tratava de um golpe quando o homem disse que ela tinha que tomar todas as providências no caixa eletrônico somente até as 11 hs. É evidente que este já era um indício de que algo estava errado. Pouco depois que o aplicativo voltou a funcionar normalmente, o problema começou a ocorrer novamente. O rapaz ligou para ela novamente e mais uma vez orientou-a a proceder da mesma forma anterior. Desta vez, porém, ela disse que o gerente do banco havia resolvido o problema. Mesmo assim ele insistiu, dizendo que ela precisava voltar à agência e resolver o problema no caixa eletrônico até as 11 hs.
Por causa de seu horário de trabalho, a mulher foi à agência depois das 11 hs. No caixa eletrônico, surgiu a informação de dois iPhones poderiam ser desbloqueados: um em nome dela e o outro em nome de outra pessoa. Depois que ela conseguiu a liberação do dela, ligou imediatamente para o serviço de suporte a clientes do Banco do Brasil. Aí, sim, foi atendida por um verdadeiro funcionário do banco. Este lhe confirmou que estava claro que se tratava de uma tentativa de golpe e a aconselhou a bloquear todas as senhas. A mulher não caiu no golpe, mas um detalhe muito importante atraiu minha atenção neste caso: tudo leva a crer que o golpista sabia o nome dela, o número do telefone (foi ele quem ligou para ela, não ela para ele) e detalhes da conta da cliente.
Há outras evidências de que se tratava de uma tentativa de golpe. A solicitação de senhas, por exemplo. Os bancos sempre orientam os clientes a não fornecer, não informar nem digitar senhas, números de cartões e outros dados pessoais que lhes forem solicitados por quem quer que seja. Portanto, os funcionários dos bancos não são orientados nem têm autorização para pedir essas coisas aos clientes. Caso você receba um telefonema no celular ou no telefone fixo e a pessoa lhe solicite tais dados, não os forneça e desligue o telefone imediatamente. Depois, mesmo não tendo fornecido dado algum, vá à agência mais próxima e, no caixa eletrônico, altere suas senhas, ou peça a um funcionário do caixa para alterá-las. 

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